sábado, 1 de agosto de 2009

REAPROVEITAMENTO TEM LIMITE

Numa casa onde mora apenas um casal, que trabalha muito e mal para em casa, algumas coisas acabam estragando e indo para o lixo. É claro que a gente tenta evitar isso ao máximo, mas nem sempre dá. Quando pedimos uma pizza e sobram vários pedaços, meu marido leva para a turma da madrugada do serviço dele, que faze a festa. O mesmo acontece com bolo, lanches. Acontece que nem sempre dá para evitar o desperdício. Muitas vezes por falta de cálculo da quantidade certa ou pela validade das coisas que se antecipa ao nosso ritmo de consumo, acaba que acontecendo.

A moça que vem em casa já tem o costumo de guardar o resto de tudo na geladeira. Não adianta, por que tem coisa que não vai ser consumida mesmo. Só vai protelar o prazo do destino dela. Por exemplo, um restinho do arroz que fica no fundo da panela. Sabe aquele que está até amarelado por estar mais próximo ao calor do fogo? Então, imagine esta sobra, que não dá nem duas colheres de sopa. O que vou fazer com isso? Não dá nem para um prato de comida. Ou então um mini kibe frito (aqueles da Sadia). Cara, eu não vou tirar aquilo da geladeira, dois dias depois, e esquentar no micro. Primeiro porque um não vai matar minha fome.
Mas para não parecer uma inconsequente, que desperdiça comida desnecessariamente (o que juro, não é o caso) ou até mesmo arrogância...sei lá o quê, passei a falar pra ela:

- Pode levar pra sua casa. Assim você não precisa cozinhar quando chegar.
Ou...
- Não quer levar? Você sabe que a gente na pára em casa e às vezes nem dá tempo de comer.

Pronto. Encontrei uma solução. Mas ontem fiquei chocada. Reaproveitamento tem limite. Criatividade então, nem se fala. É que fui pegar um vinagre no gabinete e vi um que ainda estava fechado (na verdade acho que já havia sido usado uma vez, mas depois ficou lá guardado) com uma cor esquisita. Mais escuro. Quando olhei melhor, o negócio estava cheio de bichinhos. Pareciam aqueles que voam sobre as bananas, bem pequenininhos. Sabe-se lá como foi parar ali dentro, pois tava dentro da validade. Na hora, e com a maior cara de nojo, separei aquilo para ir pro lixo. Eis, que estou sossegada, trabalhando, ela me entra no escritório e fala:

- Dê, acho que não vou jogar isso fora não (segurando aquela coisa nojenta na mão. Sim, ela subiu com aquilo na mão). Isso é bom pra limpar....

Não entendi o que ela falou depois. Na verdade acho que ensurdeci. Daí não segurei:

- A não V, pelo amor de Deus. Joga isso fora. Se você precisa de vinagre pra alguma coisa é só falar que eu compro. Mas não me vai usar esse daí cheio de bicho pra nada.

Da onde veio essa idéia maluca? E não pense que ela é econômica em produtos de limpeza. Usa um sabão em pó e uma cândida como água. E eu compro tudo que ela pede. Agora, vinagre na casa? Ai, não sou adepta a essas coisas. Ainda mais um que está ‘podre’.

Olha....misericórdia!

Um comentário:

Elaine disse...

Credo, Dê, que nojo!!!
Passar vinagre na casa já não é a melhor idéia do mundo (de onde ela tirou isso?), imagine o "cheirinho" agradável... Eu nunca vi isso!
Agora pegar um vinagre "bichado" para "limpar" a casa, aí é o cúmulo da reciclagem inútil!
Eu já tive algumas pessoas na minha casa, e depois de ver os produtos de limpeza escorrerem pelo ralo, e a casa não ficar do jeito que eu gosto, eu desisti!
Agora, vinagre na casa é o fim!