OSSOS DO OFÍCIO O C...

Ontem recebi uma ligação. Era uma jornalista, que fala comigo semana sim semana não e toda vez pergunta se eu faço assessoria para minha cliente. Sim! - essa é a resposta mais do que automática.

Pois bem, ela me pediu um produto. Uma mesa de 1,50 m. Detalhe, ela não poderia retirá-lo. Depois de tanto esforço, consegui um carro para levar o tal produto no local e horário solicitado, com a seguinte ressalva:

- Se por um acaso não chegar, me avisa que eu resolvo.

É aí que entra minha irritação. Hoje, por volta das 12h, recebo outra ligação. Era a cliente, pedindo o número do endereço, pois a jornalista havia dado o errado. Meio dia??? O produto era pra ter sido entrega às 10h, mas tudo bem. Dessa vez, eu é que ligo para a jornalista, com intuito de obter o número correto. Ao explicar o motivo da minha ligação ela retruca:

- Agora não preciso mais, arrumei outra mesa.

- O quê? - respondo eu espumando de raiva.

- É, já são meio dia...

- Mas eu pedi pra você me avisar caso tivesse algum problema....além do que, o endereço que você passou estava errado.

- Ah, mas agora já foi.

Sim, sei que meu trabalho exige paciência, jogo de cintura, calma e blá, blá, blá, blá. Sei também que intermediar as partes é o princípio. Mas, definitivamente, ninguém merece.